A disciplina Técnicas de Exame Psicológico, também conhecida como TEP, é de caráter obrigatório no curso de Psicologia. É de extrema importância porque é por meio dessa disciplina que os alunos terão a oportunidade de estudar as diferentes técnicas que fazem parte da avaliação psicológica e se conscientizarem da necessidade de trazer outras áreas a esse campo de estudo. Os alunos deverão compreender que os conhecimentos da psicologia devem servir como apoio importante em diferentes mundos do trabalho, educação, empresas, na saúde mental, etc. Portanto, é importante que os alunos da área de psicologia, ao final de seu curso, compreendam os princípios básicos de psicometria que fundamentam cientificamente os testes e saibam analisar e fazer uso das técnicas de exame psicológico.

Para descrever os testes psicométricos, é necessário que primeiramente a inteligência seja compreendida nessa perspectiva. A inteligência aqui descrita seria o desempenho intelectual do indivíduo. Se ele tiver um desenvolvimento inadequado nas avaliações, isso significará que também terá uma inteligência inadequada. Mas isso não é resumido em apenas uma capacidade, mas é observado por várias funções, como o QI (quociente de inteligência), idade cronológica e idade mental (que é a que equivale à sua inteligência). Porém, para se fazer comparações desses dados, eles precisam ser objetivos. Assim, a partir do resultado, observa-se a norma (aquilo que é esperado), ou seja, se o indivíduo cumpre o esperado dentro daquelas normas.

Existem duas posturas diferentes frente aos testes de inteligência, são elas:

- Modelo positivista: Inclui a psicologia nas ciências naturais, geralmente com experiências em laboratório, buscando uma avaliação sempre objetiva.
- Modelo da subjetividade: Acredita ser impossível incluir o estudo do ser humano nas ciências naturais. Nesse modelo, destacam-se os psicanalistas, que muitas vezes não desenvolvem testes de inteligência, mas testes projetivos que têm como objetivo desvendar conflitos da personalidade.
- Modelos Humanistas e Fenomenológicos: Dizem que os testes teorizam o ser humano e só os utilizam como recurso terapêutico. A fenomenologia utiliza os testes para interagir com o paciente, não avalia se ele foi bem ou mal, somente quer saber se o teste utilizado foi ou não benéfico para o paciente.

Os testes psicométricos deram início à Psicologia Clínica aplicada. A avaliação da inteligência separava os doentes mentais dos deficientes mentais, contribuindo para um diagnóstico médico. Além disso, são também utilizados na medição das capacidades escolares das crianças. Hoje, os testes psicométricos ajudam no processo de seleção de uma empresa e em pesquisas, identificando as diferenças individuais, como identificação de traços psicológicos, mudanças no indivíduo provocadas pela idade, etc.

De forma resumida, os testes psicométricos possuem elementos padronizados que são utilizados em uma situação experimental. Os testes precisam ser objetivos, com normas padronizadas para classificação e avaliação do sujeito em relação a um grupo (amostra). Existem critérios a serem avaliados, como as normas de resultados por idades (quantidade de diferença entre idade mental e cronológica) e resultado padrão, a precisão e a validade (se o teste mede o que deve medir). Testes de inteligência são usados como instrumentos de medida na ciência objetiva, como instrumentos de observação na psicanálise e como instrumentos de autoconhecimento na fenomenologia. Um exemplo de teste psicométrico bastante utilizado seria o Wisc (Escala de Inteligência Wechsler para crianças).

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